quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

DEM articula renúncia de Edmar Moreira da corregedoria da Câmara




BRASÍLIA - Com a denúncia de que o deputado Edmar Moreira (DEM-MG), corregedor da Câmara dos Deputados, possui bens não declarados à Justiça Eleitoral, deputados democratas defendem nos bastidores que Moreira renuncie ao cargo na Mesa Diretora.
Deputado diz que quitou dívidas e que castelo está em nome dos filhos

Moreira foi apelidado pelos colegas de parlamento de duque de São João Nepomuceno, por conta do castelo, avaliado em mais R$ 20 milhões, que possui no sul de Minas Gerais. O deputado também é acusado pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, de se apropriar ilegalmente de contribuições ao INSS feitas por seus empregados em uma empresa de vigilância
AE
Vista aérea do castelo construído em São João do Nepomuceno
Com o imbróglio sobre o imóvel milionário e a suspeita de fraude na Previdência, a Executiva do DEM já iniciou um processo de conversação com o deputado. Alguns parlamentares pedem que ele renuncie ao cargo. O deputado e presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ) estaria à frente das negociações.
O DEM está insatisfeito com Edmar Moreira desde a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara, eleita na última segunda-feira. O candidato oficial do partido era Vic Pires Franco (DEM-PA), mas Moreira venceu pleito como candidato avulso e não negociou nenhum dos cerca de 33 cargos que comanda em sua Vice-Presidência para os correligionários.
Na manhã desta quinta-feira, em café com jornalistas, o líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO) deu a entender que o partido não deixará de punir Moreira. “As providências que o partido deverá tomar nos próximos dias, isso aí eu não posso antecipar, que é a fala do meu presidente, que é o presidente da Executiva e do Diretório do Democratas. Mas você há de convir que o Democratas é um partido que sempre agiu”, disse.
Procurado pela reportagem para confirmar ou não sobre a intenção do partido em punir o deputado mineiro, Caiado disse que não se pronunciaria até que o presidente Nacional do partido, Rodrigo Maia (DEM-RJ), divulgasse nota à imprensa sobre o assunto, o que deve ocorrer nas próximas horas.

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